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quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Expectativas | Vendas do varejo devem dar sinais de recuperação no ano que vem

O economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Carlos Thadeu de Freitas Gomes, defende que o governo crie linhas especiais de crédito por meio de depósitos compulsórios que as instituições financeiras mantêm no Banco Central a fim de ajudar empresas e famílias a pagar dívidas.

Segundo ele, o refinanciamento de dívidas por prazos mais longos pode fazer com que, depois do acerto de contas, sobre recursos para o consumo, ajudando a reativar a economia. “Os bancos estão com excesso de liquidez, mas não querem emprestar porque temem ter prejuízo, devido ao alto grau de endividamento da sociedade. Parte do compulsório está no BC sem remuneração, portanto, tem custo zero”, afirmou.

Thadeu lembrou que, apesar de a taxa básica de juros (Selic) ter baixado 0,5 ponto percentual desde outubro último, o spreed bancário (diferença entre o que os bancos pagam para os investidores e cobram dos devedores) aumentou. “Porém, se o dinheiro dos depósitos compulsórios, que não está rendendo nada, for usado com a finalidade única de reestruturação das dívidas das empresas e das famílias, será uma solução melhor do que o uso do dinheiro do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), por exemplo”, destacou.

No entender do economista da CNC, o uso dos compulsórios para a reestruturação de dívidas das famílias é uma das saídas mais sensatas para o país começar a sair da atual crise econômica. “É preciso encontrar soluções para o grave problema que enfrentamos. Os juros reais (que descontam a inflação) estão elevados demais, não ajudam em nada na retomada da atividade”, afirmou.

Fonte:Blog Negócios e Informes